A ilha completa 50 anos, sendo conhecida do mundo não apenas pelas suas
belezas naturais, mas também pelo incrível poder da sua música. Do ska
ao ragga, passando pelo enfumaçado dub e pelo seu maior produto de
exportação, o reggae, a Jamaica - cujos sons serão celebrados ao longo
dos próximos 12 meses em shows, discos e exposições - influenciou
decisivamente muito do que se ouviu e do que se ouve no planeta,
fertilizando a disco, o rock, o hip-hop, a eletrônica e a MPB. De
quebra, deu ao mundo um dos seus maiores ícones, Bob Marley, de adoração
comparável a Elvis Presley e aos Beatles, e cujos discos não param de
vender, mesmo após a sua morte, em maio de 1981, de câncer. A compilação
"Legend", de 1984, por exemplo, já vendeu 25 milhões de cópias em todo
mundo, tornando-se o maior sucesso da história do reggae.
- É realmente incrível pensar que uma ilha, pequena daquele jeito,
tenha tido essa importância para a contemporanidade musical do planeta -
diz Gilberto Gil, possivelmente o artista brasileiro mais associado ao
reggae e aos ritmos da Jamaica, onde gravou, em 2002, o disco "Kaya
n'Gand Daya". - Mas a cultura musical do país é muito rica. E foi ela
que nos deu Bob Marley, um talento extraordinário.
No jubileu da Jamaica, a figura de Marley é lembrada naexposição
"Messenger", em exibição até 22 de outubro, no museu interativo The
British Music Experience, em Londres. A capital inglesa - onde os sons
jamaicanos encontraram uma segunda casa - recebe também, durante os
Jogos Olímpícos, a Jamaica House e o festival Respect Jamaica 50, ambos
na Arena O2, onde até 12 de agosto vão se apresentar DJs como Jah Shaka e
David Rodigan e artistas como Lee Perry, U-Roy, Damian Marley e Jimmy
Cliff.
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